Operação Patrola surge no debate dos candidatos a prefeito de São Lourenço do Oeste

Política
São Lourenço do Oeste | 14/09/2016 | 00:05

Autor: Angela Maria Curioletti e Marcelo Coan
Foto: Divulgação

Os candidatos a prefeito de São Lourenço do Oeste reuniram-se para um segundo debate na noite desta terça-feira (13), na TV Sudoeste, de Pato Branco (PR). Geraldino Cardoso pela “A Mudança Continua” (PT/DEM), Rafael Caleffi pela coligação “Renova São Lourenço” (PMDB/PP/PTB/PRB/PR/PSC) e Tomé Francisco Etges pela “Experiência, Trabalho e Compromisso” (PSDB/PSD).

Dividido em seis blocos, o debate foi aberto com a autoapresentação dos candidatos. Na sequência, os postulantes ao Executivo responderam perguntas da população, fizeram perguntas entre eles, responderam perguntas de jornalistas da emissora e voltaram a questionar um ao outro. O debate foi finalizado com as considerações finais.

Na primeira pergunta da população, que questionou quais são as ações para a melhoria do conhecimento, Caleffi foi o sorteado. Em resposta, ele disse que a área da educação é um dos pilares do município. Disse que, de forma gradativa, pretende implantar o ensino em tempo integral.

Sobre o desenvolvimento econômico, Etges foi o sorteado a comentar. O candidato disse que para haver o desenvolvimento é preciso adquirir novas áreas para a instalação de indústria. Além disso, falou que é preciso pensar no comércio e no setor da agricultura. Segundo ele, o conhecimento também deve avançar. Para isso, pretende estimular as universidades.

Com base no plano diretor, Cardoso foi questionado sobre as ações que pretende implementar. Disse que a administração revisou 170 artigos do plano diretor, mas mesmo assim precisa de mudanças. Falou ainda que é preciso investir na manutenção da estrutura da lei. Para isso, ele sugere a participação da sociedade.

Nos blocos de perguntas entre os candidatos os três debateram questões relacionadas à políticas de incentivo a agricultura, plano diretor, orçamento participativo, saúde, cultura, esporte, viabilidade de programas e investimento na educação.

No bloco de pergunta dos jornalistas, Cardoso precisou falar sobre a cobrança feita para a instalação de uma UTI, já que quando há situações de emergência as pessoas precisam se deslocar até Pato Branco (PR) ou Chapecó. Caleffi foi questionado sobre a segurança pública, especificamente sobre a construção de um presídio. Etges foi colocado à prova sobre a questão do estacionamento rotativo na cidade e o transporte coletivo.

Esse foi o último embate entre os candidatos lourencianos promovido por veículos de imprensa. No dia 26 de setembro haverá uma apresentação de propostas num evento promovido pela Associação Empresarial de São Lourenço do Oeste (Acislo).

Operação Patrola

A Operação Patrola não demorou a aparecer no debate. O assunto apareceu quando Tomé questionou o candidato Caleffi sobre sua mãe (Joice Caleffi) exercer um cargo de assessora parlamentar sem nunca ter trabalho como tal, tendo recebido mais de R$ 100 mil até hoje. Caleffi rebateu dizendo que a mãe é uma pessoa honesta, trabalhadora e que lhe deu valores como responsabilidade. Foi então que o candidato respondeu a Tomé dizendo que ele é quem estaria respondendo por um processo na Operação Patrola (leia aqui - http://zip.net/bptsNQ) por recebimento de propina. Tomé, ao final do bloco, ganhou direito de resposta e pôde explicar mais sobre o fato.

Em outro bloco, o assunto surgiu novamente, quando Caleffi apontou que Geraldino, candidato e atual prefeito de São Lourenço do Oeste, teria recebido propina de R$ 13 mil pela mesma empresa que aponta Tomé. O valor teria sido apontado em uma delação premiada de um dos sócios da empresa responsável pela venda de máquinas. Geraldino disse que o fato era novo para ele e comentou não saber sobre o assunto. Ao fim do bloco, pediu direito de resposta, mas lhe foi negado.