Autor e foto: Angela Maria Curioletti
Através de projeto enviado à Câmara Municipal, a administração municipal de São Lourenço do Oeste está propondo a alteração da lei que trata da permissão de serviço público para exploração e administração do Terminal Rodoviário.
Na prática, o projeto quer transferir para a iniciativa privada a construção e exploração de um novo Terminal Rodoviário para os passageiros que usam transporte intermunicipal ou interurbano, mas abrangendo também o transporte municipal.
A situação do Terminal Rodoviário de São Lourenço do Oeste tem sido alvo de discussões há muito tempo. Localizado na rua Pedro Álvares Cabral, no Centro da cidade, muitos entendem que o terminal precisaria de um novo endereço, retirado do centro da cidade. Outros, porém, acreditam que ele pode se manter ali mesmo.
Por isso, na segunda-feira (12), os vereadores receberam em mãos um abaixo-assinado a pela não votação e a não aprovação do projeto do Executivo. O documento é assinado pelo empresário Valmor Poli, que representa os cidadãos na ação.
A alegação é a de que a mudança causaria prejuízo ao comércio e as pessoas que usam o terminal. O documento sugere ainda uma audiência pública sobre o assunto e um estudo em parceria com a prefeitura para possíveis melhorias e adequação no Terminal Rodoviário existente.
O que diz o Executivo
Na mensagem do projeto, o Executivo defende: "seja pela estrutura física que já conta com vários anos, seja em decorrência de sua localização ser no centro da cidade (o que já não mais vigora segundo a área técnica da engenharia de tráfego), seja em razão de não mais atender a contento os serviços de transporte (inclusive, não havendo espaço para atender o transporte urbano ou municipal), é imperiosa uma mudança".
A expectativa é pela construção de um terminal amplo e moderno, de modo a atender os usuários com qualidade e eficiência, indo de encontro da futura implementação do transporte municipal de pessoas, já que abarcará também espaço para a circulação do transporte urbano e embarque e desembarque dos passageiros, além de estar em consonância com o plano de mobilidade urbana a que o município está obrigado a implementar em breve.
O projeto já passou pela Comissão de Legislação e depende ainda de análise das comissões de Finanças e Obras, antes de ir para votação.