Autor: Angela Maria Curioletti
Foto: Reprodução
É comum você encontrar amigos e familiares fazendo uma fezinha em tempos de Copa do Mundo. Na verdade, todo o evento esportivo é convidativo para que as pessoas se reúnam e façam um pequeno bolão, podendo ser em casa entre a família, no trabalho, ou com os amigos mais chegados.
Foi com esta proposta que um grupo de amigos em São Lourenço do Oeste aderiu ao “Bolão da Copa”. Ederson Servelin, um dos idealizadores, conta que os amigos sempre se reúnem nos fins de semana para assistir aos jogos de futebol, tomar uma cervejinha e celebrar a amizade. A partir daí surgiu a ideia de realizar o bolão. “Ano passado já havíamos feito o Bolão da Copa das Confederações. Foram mais de 30 participantes e tivemos mais R$ 1 mil em premiações. Esse ano com a Copa do Mundo não poderia ser diferente”, salienta.
Como amante do futebol, Servelin comenta sobre seus Mundiais inesquecíveis. “Lembro nitidamente daquela derrota amarga para a França na Copa do Mundo de 98. Que chocolate. Claro que não posso deixar de falar também daquele corta luz que o Rivaldo deu e a bola sobrou para Ronaldo marcar o segundo em cima da Alemanha, na final da Copa de 2002.”
Sobre o bolão
Servelin explica que não há nenhum critério específico na escolha dos participantes e que qualquer um pode participar, “desde que seja gente boa e que goste de futebol”, adverte. Atualmente, o Bolão da Copa conta com mais de 60 participantes.
A premiação está estimada em R$ 2 mil em dinheiro, além de brindes para os três primeiros colocados.
Manifestações
O organizador do bolão diz que está atento a tudo o que está acontecendo no país, principalmente as manifestações, acrescentando que acredita ser válidas. “Chegamos ao esgotamento, estamos cansados de tanta roubalheira, tanta impunidade, estamos cansados de acordar cedo para trabalhar e ver nosso dinheiro suado indo papar o ralo ou para o bolso de alguns”.
Para o jovem lourenciano, é preciso reivindicar os direitos sim, mas é totalmente contra as manifestações que envolvem violência e vandalismo. “Não acho sensato revoltar-se contra os jogadores da nossa Seleção e muito menos contra estrangeiros que virão ao Brasil ver a Copa. Estou crente que irei ver todos nos jogos da Seleção de cara pintada cantando com todo seu fôlego o Hino Nacional de costas, como aconteceu ano passado na partida entre Brasil x México, como forma de manifesto,”, diz Servelin, ressaltando que daria tudo para ouvir uma grande vaia voltada às autoridades presentes na abertura da Copa. “Seria lindo.”