Empresários e poder público discutem situação de mão de obra em São Lourenço do Oeste

Geral
São Lourenço do Oeste (SC) | 07/04/2025 | 16:17

Informações e foto: Acislo

Na manhã desta segunda-feira (7), na sede da Associação Empresarial e Cultural de São Lourenço do Oeste (Acislo), representantes da entidade, empresários e membros da administração municipal estiveram reunidos. O cerne do encontro foi a situação da mão de obra em São Lourenço do Oeste, um problema que impacta diretamente diversos setores da economia local, como indústria, comércio e prestação de serviços.

A presidente da Acislo, Sandra Lagni Haefliger, expôs a situação aos presentes. “Essa demanda pela falta de mão de obra em São Lourenço não é de hoje. É uma situação que já vem se arrastando há muito tempo, e agora decidimos unir forças com o poder público para buscar soluções concretas.”

Sandra explica que futuramente outras entidades deverão participar. Ela diz que o Ministério Público foi convidado, mas não pôde participar. “Precisamos entender se há, de fato, necessidade de todas essas pessoas que não estão no mercado de trabalho estarem recebendo algum tipo de auxílio, por exemplo, como o bolsa família. Muitas vezes, a cultura do assistencialismo acaba desestimulando a busca por emprego”, pontua.

A ideia, conforme discutido na reunião, é verificar, por meio da Secretaria de Assistência Social, os casos em que o benefício pode estar sendo pago sem necessidade comprovada, e oferecer a essas pessoas oportunidades reais de inserção no mercado de trabalho. “Temos empresas que deixam de crescer por não conseguirem contratar. Isso afeta o atendimento, a produção, a qualidade dos serviços”, observa Sandra. 

Apesar das dificuldades, a presidente da Acislo vê o cenário também como um sinal de progresso. “Por um lado, é positivo: significa que o município está crescendo. Mas, por outro, é um entrave. Precisamos de mão de obra para continuar avançando”, avalia. A dirigente ressalta ainda que as empresas estão dispostas a colaborar com treinamentos e capacitações.

Como próximo passo, a Acislo e a prefeitura devem montar um grupo de trabalho para mapear a situação e propor estratégias efetivas, como programas de reinserção no mercado, incentivo à qualificação e revisão criteriosa dos benefícios sociais.