Informações: Ministério Público
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O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) catarinense deflagrou na manhã desta quarta-feira (7) a operação Corte Seguro contra fraudes a seguradoras de veículos. A operação busca o cumprimento de 150 mandados de prisão preventiva –74 em Santa Catarina, 72 no Rio de Janeiro e quatro no Paraná –, e 110 mandados de busca e apreensão – 100 deles em Santa Catarina.
A operação Corte Seguro é fruto de investigação iniciada há pouco mais de um ano pelo Gaeco de Joinville para apurar um esquema criminoso envolvendo várias etapas do chamado "golpe do seguro".
Os mandados de prisão preventiva e busca e apreensão foram requeridos pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Joinville. Eles estão sendo cumpridos em 19 municípios catarinenses - Joinville; Garuva; Araquari; Barra Velha; Guaramirim; São Bento do Sul; Blumenau; Gaspar; Camboriú; São José; Palhoça; Biguaçu; Santo Amaro da Imperatriz; Tijucas; Chapecó; Pinhalzinho; São Miguel do Oeste; Imbituba e Cocal do Sul – e em municípios nos Estados do Rio de Janeiro e do Paraná.
A operação foi deflagrada ao mesmo tempo nos três Estados. Em Santa Catarina os mandados estão sendo cumpridos pelos Gaecos de Joinville, da Capital, de Itajaí, de Criciúma, de Lages e de Chapecó, com suporte logístico e apoio da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Rodoviária Federal, do Instituto Geral de Perícias, da Secretaria Estadual da Fazenda, Diretoria Estadual de Investigações Criminais e de Unidades Operacionais, Agência Central de Inteligência e Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar.
No Rio de Janeiro e no Paraná a Operação Corte Seguro será conduzida pelos Gos de cada Estado, sendo que no Rio de Janeiro haverá o apoio da Agência Central de Inteligência da Polícia Militar local e o acompanhamento e auxílio de integrantes do Gaeco de Chapecó.
O golpe
O Gaeco de Joinville apurou que um grupo de aliciadores do Rio de Janeiro contatava proprietários de veículos segurados naquele Estado, ou seus intermediários, e adquiria os veículos, que eram transportados para Santa Catarina.
Em Santa Catarina, os veículos eram repassados para receptadores representantes de estabelecimentos comerciais, a fim de que fossem desmontados, tivessem seus sinais identificadores adulterados e as suas peças fossem clandestinamente inseridas no mercado.
Após a chegada dos veículos em Santa Catarina, seus proprietários, objetivando o recebimento do seguro, faziam falsas comunicações de roubo em seu Estado, confeccionando boletins de ocorrência fraudados.
Segundo o Gaeco de Joinville, o grupo formado por aliciadores, proprietários de veículos e seus representantes, transportadores, empresários e auxiliares do segmento de autopeças montou um esquema que envolveu a prática de diversos ilícitos penais: integração de organização criminosa, falsa comunicação de crime, furto, roubo, estelionato, receptação qualificada e adulteração de sinal identificador de veículo automotor.