Informações: G1PR
A partir de 2025, o Paraná perderá para Santa Catarina uma área correspondente a 30 estádios do tamanho do Maracanã, 140 museus como o Oscar Niemeyer, 35 santuários de Nossa Senhora Aparecida ou ainda cinco vezes a dimensão do parque onde está o Pão de Açúcar.
Isso porque há 100 anos houve um erro de medição e, após revisão do Instituto Água e Terra do Paraná, esse território passará para o estado vizinho. O erro foi identificado por um morador de Guaratuba (PR) e, devido a revisão, 490 hectares, até então, de solo paranaense, vão passar a ser de domínio de Santa Catarina. Na prática, o Paraná var perder 0,002% do território.
140 museus Oscar Niemeyer - Com 35 mil metros quadrados, o equivalente a 3,5 hectares, o Museu Oscar Niemeyer (MON), localizado em Curitiba, é considerado o maior museu da América Latina. Em um comparativo, pode se dizer que o Paraná perderá uma área equivalente a 140 museus do Olho.
30 estádios do Maracanã - O estádio do Maracanã, localizado no Rio de Janeiro, é conhecido mundialmente como o Templo do Futebol. Conforme informações da Secretaria de estado da Casa Civil do Rio de Janeiro, o local possui uma área de 160 mil metros quadrados, o equivalente a 16 hectares. Levando isto em consideração, é possível concluir que na área perdida pelo Paraná seria possível construir cerca de 30 estádios do Maracanã.
35 santuários de Nossa Senhora Aparecida- Considerado o maior santuário dedicado à Nossa Senhora Aparecida do mundo, a Basílica localizada na cidade de Aparecida, em São Paulo, tem uma área construída de 142.865 metros quadrados, o equivalente a 14,2 hectares. A partir disso, a área paranaense devolvida a Santa Catarina equivale a 35 santuários juntos.
5 parques Bondinho Pão de Açúcar - O Parque Bondinho Pão de Açúcar que contempla os morros da Urca e do Pão de Açúcar, famoso cartão postal do Rio de Janeiro, possui aproximadamente 91,5 hectares. Pode se concluir, portanto, que no espaço pedido caberiam cinco parques.
Descoberta inusitada
O erro foi descoberto em um terreno pertencente a um morador de Guaratuba (PR), no litoral do Paraná. Em uma medição realizada por ele mesmo verificou-se que o trecho está em território catarinense, diferentemente do que mostra a delimitação definida pelo Exército brasileiro entre 1918 e 1919. O proprietário do terreno procurou o Instituto Água e Terra (IAT) do Paraná e levantou o questionamento.
Com essas informações, o IAT, que tem um departamento específico sobre a gestão territorial do estado, realizou uma vistoria presencial nos pontos indicados pelo paranaense e fez uma avaliação de documentos antigos, confirmando a inconsistência na marcação feita pelo Exército.
