Polícia Civil de Xanxerê esclarece “caso da paçoquinha”

Policial
Xanxerê | 29/08/2015 | 16:48

Informações: Polícia Civil
Foto: Câmeras de videomonitoramento

A Polícia Civil de Xanxerê elucidou os casos que ficaram conhecidos como o "golpe da paçoquinha". Este nome foi dado porque há registro de cinco idosos que foram abordados por uma mulher, oferecendo um doce (inicialmente foi uma paçoquinha) e, depois de comê-lo, adormeceram ou ficaram desorientados e tiveram valores subtraídos. Todos os crimes foram praticados a luz do dia em vias públicas, no centro de Xanxerê.

Uma mulher foi reconhecida e foram feitas buscas na residência dela, onde foram encontrados dois comprimidos de Clonazepam e um bombom na bolsa. Na residência ainda foram encontrados outros medicamentos como ansiolíticos e uma cartela de Pramil. O medicamento Clonazepam tem histórico de utilização no conhecido golpe “boa noite Cinderela” e, se misturado a outros medicamentos, pode ter os efeitos potencializados.

Conforme o delegado Adilson Bressan, a suspeita esmagava os comprimidos de Clonazepam (puros ou com outro medicamento) e misturava aos doces, ou então dissolvia em chá ou suco, que oferecia aos idosos. Ao todo foram identificados seis idosos com idades entre 67 e 83 anos, sendo cindo homens e uma mulher.

Os casos

Três idosos disseram que foram abordados por uma mulher que iniciava a conversa e em dado momento oferecia uma paçoca. Depois de comerem o doce sentiram-se mal e tiveram valores subtraídos. Um idoso disse ter recebido da mulher um bombom e depois de comê-lo passou mal, perdeu a consciência e chegou a dar entrada na UTI do hospital da cidade. Também teve valores subtraídos.

Outros dois idosos disseram ter recebido da mulher copinhos com chá ou suco e depois de beberem tiveram os mesmos sintomas que os demais. Ambos foram encontrados inconscientes ou desorientados e seus valores foram subtraídos.

Todos os suspeitos descreveram a mulher com as mesmas características, com cabelo loiro, pele clara, altura entre 1,60 a 1,70 metro, não magra nem muito gorda, com idade acima de 40 anos.

Fortalecidos os indícios, a suspeita foi submetida a reconhecimento pessoal e reconhecida pelos idosos. Ela foi indiciada pela prática de roubo, já que para a subtração dos valores reduziu as vítimas à impossibilidade de resistência.

O inquérito policial está em fase final, aguardando extratos bancários para apuração do montante subtraído dos idosos e prontuários médicos daqueles que necessitaram de atendimento em hospitais.