Informações: G1PR
Foto: RPC
O Parque das Aves, em Foz do Iguaçu (PR), reforçou a segurança para evitar a entrada de outros animais no local. A medida foi necessária após duas onças-pintadas terem invadido o parque e causado a morte de 174 flamingos que viviam no recinto. Apenas um deles sobreviveu.
Do lado de fora do parque cercas elétricas foram instaladas em toda a área. "Ele só vai ter o impacto da potência da cerca e vai se afastar, mas não vaie ter nenhum dano à saúde dele," explica um dos técnicos.
Outra medida foi a colocação de uma contenção de concreto com 60 centímetros de profundidade abaixo das cercas, para evitar que animais cavem e entrem no recinto das aves. e um animal cave e entre o recinto. Nas árvores próximas ao parque, foram colocadas placas de ferro para evitar que animais, como onças-pintadas, escalem as plantas e acessem o local.
"O animal que entrou dentro do parque, a gente fez a doação de um rádio colar para o Projeto Onças do Iguaçu e esse animal vem sendo vistoriado e a gente tem informação de quando ele está visitando o Parque das Aves, mas essas trinta câmeras instaladas no recinto também permitem observar quando ela ou outro indivíduo nos visita aqui," explica a diretora técnica do Parque, Paloma Bosso.
As câmeras de monitoramento conseguem identificar a movimentação e enviam alertas para uma central de monitoramento de segurança. Durante a gravação da reportagem da RPC, cerca de 50 notificações foram registradas pelo sistema.
Em 19 de fevereiro deste ano, as câmeras filmaram uma onça-pintada circulando tranquilamente ao lado da cerca elétrica.
Flamingos mortos
Em novembro do ano passado, 174 flamingos foram mortos depois que a onça Índira que entrou no Parque das Aves por uma parte da cerca que estava aberta. Ela ensinava o filhote a caçar. Desde então, muita coisa mudou no local. O viveiro onde foi o ataque virou um memorial.
Único sobrevivente
Foram quase quatro meses até que o único sobrevivente do ataque das onças- pintadas pudesse voltar a se alimentar naturalmente. Paloma Bosso, diretora técnica do parque, explica que o animal recebeu alta recentemente.
"Esse animal estava assustado, estava com medo. Agora que as coisas estão normalizando e que este animal recebeu alta, se estabilizou e que a gente pode começar em outros rumos, as próximas etapas". Agora, ele recebe e encanta os visitantes junto com outras aves. "Dá uma emoção porque não é uma espécie que você em qualquer lugar", afirma o perito contábil, Nivaldo Alves Cassimiro, sobre o animal.