Informações: G1SC
Foto: Polícia Civil
O passageiro preso por maus-tratos após abandonar uma cachorra de três meses no Aeroporto Internacional de Florianópolis (SC), na quarta-feira (20), havia sido impedido de embarcar com o animal porque a caixa de transporte não atendia aos requisitos da empresa, segundo a Polícia Civil.
Ao g1, o delegado responsável pelo caso, Renan Scandolara, informou que um funcionário do aeroporto chegou a oferecer a remarcação gratuita do voo para que o passageiro pudesse ajustar a caixa de transporte do cachorro. No entanto, o homem recusou a proposta.
“Na prisão, ele confessou que era o tutor e que teria realizado o abandono. Ele teria dito que teria que viajar ontem mesmo e, logo depois, abandonou o animal no estacionamento. O correto seria ele ter entregue o animal a alguém que se responsabilizaria, e não tê-lo abandonado", explicou.
O g1 entrou em contato com a administradora do aeroporto, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O nome do homem preso não foi informado.
O suspeito deixou o animal na caixa de transporte no estacionamento do aeroporto e seguiu viagem para Brasília, no Distrito Federal. O suspeito foi detido ao desembarcar, suspeito de maus-tratos por abandono. O crime prevê uma pena de até 5 anos de reclusão.
Câmeras de segurança do aeroporto registraram o momento em que o homem carrega a cadela dentro de uma caixa de transporte. Em seguida, ele posiciona a caixa entre dois carros no estacionamento e se afasta caminhando.
Segundo o delegado, o animal foi adotado por um funcionário do aeroporto após o abandono. O g1 tenta contato com a Polícia Civil do Distrito Federal para obter informações sobre a audiência de custódia e a possível transferência do suspeito.
Caixas transportadoras
De acordo com guias especializados, não há no mercado nenhuma caixa de transporte certificada, aprovada, homologada ou comercializada por entidades do setor aéreo.
No entanto, existem parâmetros que devem ser observados para a construção da caixa de transporte de cães e gatos que seguem as normas do manual IATA Live Animals Regulations e, portanto, devem ser respeitados.
Algumas orientações relativas à caixa de transporte, portanto, incluem que o espaço seja suficiente para que o pet consiga sentar, ficar ereto, se virar em um giro de 360 graus e deitar-se. Além disso, deve garantir bastante ventilação para o animal e deve ser à prova de fuga.
A caixa também não deve conter objetos com os quais o pet possa se machucar. Também é recomendável tirar acessórios, como coleiras e peitorais, para evitar acidentes. Quando for realizado o embarque, a caixa não deve conter fezes ou urina e precisa estar limpa, com tapete ou manta absorvente. Se o transporte for em compartimento inferior, algumas regras devem ser observadas:
Formato da caixa
- O interior deve ser liso, sem saliências que o cão ou gato possa morder ou arranhar e causar danos à sua própria integridade ou da caixa de transporte;
- As aberturas não devem permitir que os animais consigam colocar patas e focinhos para fora a fim de evitar ferimentos nos animais e em quem os manuseia.
Materiais
- Fibra de vidro, metal, plásticos rígidos, revestidos por telas de arame, madeira sólida ou compensado;
- Toda madeira usada na construção de contêineres para transporte internacional deve estar em conformidade com os padrões IPPC (International Plant Protection Convention);
- Caixas de transporte feitas inteiramente de tela de arame não são adequadas para o transporte aéreo;
- Plástico: As caixas de transporte de plástico rígido são adequadas para a maioria das raças de cães, mas sua aceitação fica a critério da companhia aérea transportadora;
- Algumas caixas de transporte contêineres de plástico rígido podem não ser adequados para cães de grande porte ou cães agressivos.